terça-feira, 29 de maio de 2012

A escravidão


Ao falarmos em escravidão é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.

Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e ideias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.

Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.

Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.

Aqui no Brasil a escravidão foi bastante difícil devido ao fato de os negros serem tratados como animais e viverem em condições sub-humanas. Estes eram transportados para cá através dos navios negreiros. Geralmente os mais fortes eram os que valiam mais; dentro desses navios vinham vários escravos amontoados uns em cima dos outros, eram obrigados a passarem toda a viagem convivendo com suas fezes e urinas. Realmente não eram vistos como gente e sim como animais a serviço dos seus senhores. Além dos homens para o trabalho braçal, vieram muitas mulheres, uma vez, que nas casas dos senhores de engenho precisam de mulheres para cozinhar, arrumar, e ate servirem como amas de leite. Os africanos trazidos eram colocados dentro das senzalas obrigados a seguirem a religião católica, e proibidos de festejar de acordo com seus costumes ou praticar qualquer tipo de dança. Para aqueles que fugiam devido a revolta com que eram tratados existiam os quilombos (comunidades bem organizadas, na qual os mesmos podiam viver em “liberdade”, praticar suas danças e rituais).

Não posso deixar de falar das campanhas abolicionistas e a abolição da escravidão que foi de certa forma uma maneira de o Brasil escapar da pressão que estava sofrendo pela Inglaterra (nessa época, l aja havia ocorrido a revolução industrial). Porém mesmo após a abolição da escravidão, os negros ainda viviam de forma excluída, pois aqueles que não ficavam na casa dos senhores de engenho, moravam na rua, passavam, fome e pediam esmola. 

Ainda hoje podemos perceber resquícios dessa escravidão como, por exemplo, o preconceito, que afeta a grande maioria dos negros.

CURIOSIDADE: 25 de marco é o Dia Internacional em memória das vítimas da escravidão e do tráfico transatlântico de escravos.

By: Bruna Santos

O ciclo do açúcar


O Ciclo do Açúcar foi um período da História do Brasil no qual o plantio da cana-de-açúcar foi a principal atividade econômica do país, sendo a responsável por toda a estrutura política e social do Brasil Colônia. Vários foram os motivos para a escolha da cana, entre eles a existência no Brasil do solo de massapê, propício para o cultivo da cana-de-açúcar além de ser um produto muito bem cotado no comércio europeu – destinado unicamente à exportação e capaz de gerar valiosíssimos lucros, transformando-se no alicerce econômico da colonização portuguesa no Brasil entre os séculos XVI e XVII.

O posto mais elevado na complexa sociedade açucareira cabia ao senhor de engenho, o proprietário dos complexos agroexportadores, mais conhecidos como engenhos, o qual desfrutava de admirável status social. Os engenhos eram formados por amplas propriedades de terras ganhas através da cessão de sesmarias – lotes abandonados cedidos pela coroa portuguesa a quem se comprometesse a aproveitá-los para o cultivo. O senhor e sua família moravam na casa-grande. Os negros escravos viviam nas senzalas, alojamentos nos quais conviviam cruelmente, tratados como animais expostos aos mais atrozes e violentos castigos. Conforme Antonil, os cativos precisavam apenas de 3P: Pau para apanhar; Pão para comer; e Pano para vestir-se. O Ciclo do Açúcar no Brasil durou até o século XVIII, quando foi desbancado pela produção do café.

By: Catharina Portela

Governo Geral

Com o fracasso das capitanias hereditárias, Portugal resolveu criar um governo-geral com o objetivo de centralizar o poder político na colônia; queria reduzir o poder absoluto dos donatários. A sede do governo-geral escolhida foi a Bahia, pois localizava-se num ponto médio do litoral brasileiro o que facilitava a comunicação com as demais capitanias. Os poderes judiciais, o comando e a defesa militar da colônia passaram a ser exercidos pelo governador-geral, que contava com a ajuda do ouvidor-mor (justiça), provedor-mor (fazenda), capitão-mor (defesa do litoral). 


Principais acontecimentos dos três primeiros governadores-gerais do Brasil:

Tomé de Sousa (1549-1553)

·         Fundação da cidade de salvador;

·         Criação do primeiro bispado brasileiro;

·         Incentivo a lavoura canavieira;

·          Organização de entradas.

Duarte da Costa (1553-1558)

·         Invasão francesa do rio de janeiro

·         Fundação do colégio de são Paulo, pelos padres jesuítas.

Mem de Sá (1558-1572)

·         Expulsão dos franceses do rio de janeiro; 

·         Combate com os indígenas rebeldes;  

·         Impulso a importação de escravos negros da África.

By: Rafaela Almeida

Capitanias Hereditárias

Em 1534 precisava-se ocupar, proteger e administrar a costa do território brasileiro. Como o governo português não queria investir grande quantidade de dinheiro e não havia muitas pessoas disponíveis para esse trabalho, adotou-se então o chamado sistema de Capitanias Hereditárias.

O rei D. João III ordenou a divisão do território da colônia em grandes porções de terra – 15 capitanias. O empreendimento, chamados capitães ou donatários.

Nomeado pelo rei, o donatário era a autoridade máxima dentro da capitania. Com sua morte, a administração era chamada capitanias hereditárias.

· Direitos e deveres dos donatários

O vínculo jurídico entre o rei de Portugal e os donatários era estabelecido em dois documentos básicos:

Carta de doação – conferia ao donatário a posse hereditária da capitania.

Carta foral – estabelecia os direitos e deveres dos donatários, relativos à exploração da terra.

Alguns dos direitos dos donatários eram: criar vilas e distribuir terras (sesmarias) a quem desejasse e pudesse cultivá-las; exercer plena autoridade judicial e administrativa; escravizar os indígenas considerados inimigos, através da guerra justa, obrigando-os a trabalhar na lavoura; receber a vigésima parte dos lucros sobre o comércio do pau-brasil.

Já os deveres dos donatários eram: assegurar ao rei de Portugal 10% dos lucros sobre todos os produtos da terra; um quinto dos lucros sobre os metais e as pedras preciosas que fossem encontrados; o monopólio da exploração do pau-brasil.

· Problemas com o sistema de capitanias

Com o passar o tempo, as capitanias não apresentaram o resultado esperado pelo governo português. Entre as poucas capitanias que progrediram e obtiveram lucros, principalmente com a produção de açúcar, estavam a de Pernambuco e a de São Vicente.
As demais capitanias não prosperaram em decorrência das várias condições, entre as quais podemos destacar:

Ø  Falta de recursos dos donatários – as terras eram extensas, e os donatários geralmente não tinham dinheiro suficiente explorá-las.

Ø  Revolta dos povos indígenas – os colonos também tinham que enfrentar a hostilidade dos grupos indígenas que resistiam à dominação portuguesa. Para muitos nativos do litoral, a luta era a única forma de se defender da invasão de suas terras e da escravidão que o conquistador queria impor.

Ø  Isolamento das capitanias – separadas por grandes distâncias e sob as precárias condições dos meios de transporte da época, elas ficavam isoladas umas das outras e em relação a Portugal.

Ø  Dificuldades com a lavoura – nem todas as capitanias tinham solo propício ao cultivo de cana-de-açúcar, produção que mais interessava aos objetivos da Coroa e dos comerciantes envolvidos no comércio colonial. Restava aos donatários a exploração do pau-brasil. Nessa atividade, porém, a participação dos donatários nos lucros era muito reduzida, o que contribuiu para diminuir o interesse deles pelas capitanias.



By: Larissa Ribeiro

O Pau-Brasil

O pau-brasil é uma das árvores nativas mais comentadas, por vários motivos: é a árvore da qual se originou o nome do nosso país, e tem um grande referencial em nossa história.

A mão-de-obra era indígena e, para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca de trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).

Durante muito tempo, no período da colonização, foi o principal sustentáculo da economia do país, sendo exportada para a Europa para se extrair uma tinta vermelha usada para colorir roupas (na época era muito raro encontrar formas de se obterem roupas com cores diferentes), sendo naquela época uma grande obtenção de lucros. Por ser de alta qualidade, a madeira desta árvore é muito usada na fabricação de instrumentos musicais como, por exemplo, violinos, harpas e violas.

A presença de pau-brasil na Mata Atlântica era muito grande até o século XVI. Porém, com a chegada dos portugueses ao Brasil teve início a extração predatória do pau-brasil. Os portugueses extraíam a madeira para vender no mercado europeu.

Atualmente, é baixa a presença de pau-brasil na Mata Atlântica. Inclusive, existe lei federal que considera crime o corte ilegal desta árvore.

By: Iasmin Cardoso e Juliana Vieira.

Expedições colonizadoras


O post de hoje fala sobre expedições colonizadoras.
Para muitos esse assunto pode ser muito chatooo, mas vamos quebrar esses paradigmas e aprender mais um pouco sobre as expedições. !!!J

As principais expedições enviadas ao Brasil foram:

>Expedições comandada por Gaspar de Lemos(1501)- Essa expedição explorou grande parte do litoral brasileiro e deu nomes aos principais acidentes como ilhas, baías, cabos, rios.

>Expedições comandadas por Gonçalo Coelho(1503)-Essa expedição foi bastante lucrativa, organizada por conta de um contrato assinado entre o rei de Portugal e alguns comerciantes bastante interessados na extração do pau-brasil , dentre eles estava o rico comerciante Fernão de Noronha.

>Expedições comandadas por Cristóvão Jacques(1516 e 1520)- Essas expedições foram organizadas para "tentar" deter o contrabando de pau-brasil: chamadas "Guarda-Costas". Essas expedições não deram certo devido a grande extensão do litoral.

Houve também a primeira expedição colonizadora que foi comandada por Martim Afonso de Souza. Essa expedição partiu de Lisboa em dezembro de 1530, com a intenção de:
- Procurar ouro; combater os corsários estrangeiros; fazer um melhor reconhecimento geográfico do litoral; e iniciar a  ocupação de terras. 
Martim Afonso ainda fundou a prima vila do Brasil, "São Vicente", e também alguns povoados, como Santo André da Borda do Campo e Santo Amaro. 

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!! ATE OUTRO POST.  J

By: Brenda Ellen


Carta a El Rei D. Manuel - por Pero Vaz de Caminha

"Viu um deles umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço. Depois tirou--as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo para as contas e para o colar do Capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo.

Isto tornávamos nós assim por assim o desejarmos. Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não o queríamos nós entender, porque não lho havíamos de dar. E depois tornou as contas a quem lhas dera.

Então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir, sem buscarem maneira de cobrirem suas vergonhas, as quais não eram fanadas, e as cabeleiras delas estavam bem rapadas e feitas. O Capitão lhes mandou pôr por baixo das cabeças seus coxins, e o da cabeleira esforçava-se por não a quebrar. E lançaram-lhes um manto por cima; e eles consentiram, quedaram-se e dormiram.

Parece-me gente de tal inocência que, se homens os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, não têm, nem entendem em nenhuma crença.
E portanto, se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho, que lhes quiserem dar. E pois Nosso Senhor, que lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, por aqui nos trouxe, creio que não foi sem causa.
Portanto Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar na santa fé católica, deve cuidar da sua salvação. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim.

Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão de ir ouvir missa e pregação naquele ilhéu. Mandou a todos os capitães que se aprestassem nos batéis e fossem com ele. E assim foi feito. Mandou naquele ilhéu armar um esperável, e dentro dele um altar mui bem corrigido. E ali com todos nós outros fez dizer missa, a qual foi dita pelo padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes, que todos eram ali. A qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção.

Ali era com o Capitão a bandeira de Cristo, com que saiu de Belém, a qual esteve sempre levantada, da parte do Evangelho.

Acabada a missa, desvestiu-se o padre e subiu a uma cadeira alta; e nós todos lançados por essa areia. E pregou uma solene e proveitosa pregação da história do Evangelho, ao fim da qual tratou de nossa vinda e do achamento desta terra, conformando-se com o sinal da cruz, sob cuja obediência viemos, o qual foi muito a propósito e fez muita devoção.

Enquanto estivemos à missa e à pregação, seria na praia outra tanta gente, pouco mais ou menos como a de ontem, com seus arcos e setas, a qual andava folgando. E olhando-nos, sentaram-se. E, depois de acabada a missa, assentados nós à pregação, levantaram-se muitos deles, tangeram corno ou buzina, e começaram a saltar e dançar um pedaço."
Na Carta de Caminha é possível identificar um conflito de culturas. Percebe-se que, quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles procuravam mudar a cultura dos índios, catequizando-os.
Além de descrever o que os portugueses viram quando chegaram no litoral brasileiro, também tinha como função informar ao rei sobre o que viam, e legitimar  o território. 
Pode-se afirmar que é um Documento Oficial para identificar o que existia na terra.

By: Juliana Vieira

Erro de Português - Oswald de Andrade

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português


O primeiro verso do poema se refere à chegada dos portugueses ao Brasil.
O ato de "vestir" e de "despir" expostas nos versos acima sugere a relação de poder entre o povo dominante e o povo dominado. Vestindo os indígenas, o colonizador tinha a intenção de impor sua cultura: catequese, língua, vestimentas, etc.
A maneira em que nos vestimos é uma reflexão da influência da sociedade a que pertencemos. As vestimentas de uma população refletem seus hábitos, sua cultura.
O poema refere-se também às condições da chegada dos portugueses: "debaixo duma bruta chuva", que é usada para simbolizar tempos sombrios.



By: Juliana Vieira